Julia Roberts tenta voltar do limbo hollywoodiano com um filme de auto-ajuda feminista, mas com ótima fotografia e trilha sonora.
Elizabeth Gilbert é uma escritora de sucesso, rodeados de bons amigos e afortunada de simpatia por onde passa. Tem um casamento perfeito (aparentemente) e tudo nos eixos de uma vida que qualquer gostaria de ter.
Mas Liz se sente vazia, algo que não sabe bem explicar o que é, falta de Deus no coração, de atitudes que possam tirar ela daquela tristeza inexplicável.
Decidida, ela termina um casamento de 8 anos e faz quase o que Alexander Supertramp (da Na Natureza Selvagem) fez em sua busca espiritual rumo ao Alasca, onde em sua peregrinação pessoal lhe trouxe conhecimento do que é viver, do que se deve amar de verdade na vida. O trajeto dela não foi o Alasca, mas ela começa por:
ROMA = COMER
Em Roma, Liz convive em quatro meses com pessoas agradáveis, de uma vida simples, longe do turbilhão norte-americano do trabalho exaustivo e da falta de paladar principalmente. Onde nesse Ato na Itália, experimenta as melhores comidas que só este país possa oferecer.
Terminado sua busca na cidade, ela parte para:
ÍNDIA = REZAR
Neste lugar turbulento que mais lembra o Juazeiro do Norte em dia de Romaria (porém lá isso acontece todos os dia), ela procura o seu conforto religioso, meditando de forma arbitrária e questionando sua busca espiritual na fé indiana.
Por fim, em sua jornada de auto-conhecimento, chega na Indonésia na cidade de:
BALI = AMAR
Nesta terra quase inóspita, ela estuda com um gentil e adorável Guru , mostrando-o a simplicidade das coisas,e continuando em sua meditação para chegar ao equilíbrio.
Não obstante que encontraria um brasileiro (Javier Bardem) que poderia mostra-lhe novamente o amor que faltava para completar sua busca.
Com um elenco de primeira (Richard Jenkins, James Franco, etc) que faz de Liz o mesmo que aconteceu com nosso querido Supertramp, essa andarilha choca com personagens incríveis que ajudam em sua busca, em sua fé na vida, dando este complemento que parecia loucura, mas que ajudou em seu rumo de vida. Tirando fatos como o sotaque do Javier Bardem tentando falar português brasileiro mesmo (como falsa magra, e um "Tudo Bom" meio bizarro e um beijinho na boca do filho parecendo ser um costume nosso), ou numa indireta de ser realmente um filme de mulherzinha como o livro de auto-ajuda, lhe leva para uma Itália bucólica, simples, gostosa de viver, até mesmo nessa conturbada Índia onde se encontra paz de espírito, parece ser sempre bom encontrar esse equilíbrio, mas sempre precisaremos de um pouco de desequilíbrio para nos sentirmos completos. Trilha sonora cativante que traz Eddie Vedder e uma singela homenagem a música brasileira de forma deliciosa como as pizzas italianas. Bom, esta parte final numera o que queria escrever, mas está no filme e achei a frase mais interessante. Então, Atravessiamo.
Nota: 7,0
2 comentários:
Olá, Demetrius.
Depois de tanto tempo que vc me deixou o link do seu blog, finalmente vim fazer uma visita :)
E resolvi comentar nessa postagem pq fui ver este filme, hehe.
Eu tinha acabado de ler o livro e estava naquela ansiedade. E, como era de se esperar, fiquei um pouco decepcionada. Não curti as 'adaptações' que eles fizeram e, apesar de gostar muito do Javier Barden, penso que poderiam ter escalado um ator brasileiro para fazer o papel do Felipe. Assim, a coisa ficaria mais verdadeira, o personagem não teria sotaque!!...
Vc deu nota 6,5. Eu dou 7, hehe. Pra mim, ficou na média. As locações são lindíssimas, como era de se esperar. Julia foi ok em seu papel. Mas ficou faltando aquele "tchan" que o livro tem. (pelo menos pra mim).
Abs.
Com seu comentário maravilhoso, acho que me arrependi do 6,5, acho que vou dar um 7 só pela sua lembrança do que seria o filme de fotografia mais tocante dos filmes que vi este ano. E como falei na postagem, a trilha tbm é merecedor, só em ter Neill Young, valeu muito, então, está lá, uma nota nova, com seu comentário maravilhoso. Beijos do cinéfilo.
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