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2012 - ADMIRÁVEL CINEMA NOVO





Podemos dizer que o mundo sem Roland Emmerich não seria o mesmo. Provavelmente Michael Bay estaria no posto de diretor de efeitos mirabolantes e catástrofes de arrancar aplausos.
Não quero falar da verborragia despreocupada, da montagem simples e insignificante, da tramóia desenrolada com pieguice e nem do miolo não tão interessante. O grande achado são os efeitos. O cinema desse porte antes de mais nada (ou antes de tudo) é diversão, e 2012 consegue fazer muito bem esta proeza incessante de construir algo de nos erguer nas poltronas do cinema como Roberto Begnini ao receber o Oscar na Vida é Bela. O mundo todo (principalmente os EUA, claro) vê de maneira rápida (que nem O dia depois de amanhã) cataclismos acontecer de forma espantosa e detalhista nos efeitos fantásticos que nunca deixa favorecer o espetáculo através da ótica do diretor. O filme traça a profecia Maia, I-Ching ou até mesmo bíblica (em alguma coisa) do apocalipse no dia 21 de dezembro de 2012. Tsunamis gigantescos, vulcões sedentos de muita, mas muita fúria, terremotos de dar inveja a Sobral (brincadeira gente, é uma coisa grande demais no filme, claro) e um mundo sendo destruído aos poucos não sufocam o espectador (e ao mesmo tempo sim) que intercalam com momentos de humor, que já se tornou uma marca de Roland Emmerich em seus filmes como: Independence Day, 10.000 a.C, o já citado O Dia depois de amanhã e Godzilla, são filmes de grandes efeitos que dosam com um humor às vezes inconveniente demais.







O filme tem um John Cusack cansado e afoito (como isso é possível, parece que ele tenta mais do que de costume fazer algo pra dar certo em sua interpretação) fazendo um escritor "fracassado" tanto na profissão como na sua vida, tendo seus filhos distantes por motivos da separação. Uma tentativa de ser uma Guerra dos Mundos se torna um filme onde o principal personagem é sua catástrofe. Se levarmos em conta o enredo, o cinema não teria mais filmes assim, e em uma sessão que temos Bergman, Goddard e Fellini, entre eles tem que existir Roland Emmerich para divertir, entreter e por que não, admirar vendo um Cristo Redentor aos pedaços numa cena nunca vista no cinema. Admirável Cinema Novo.



Nota: 7,5

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