Steven Soderbergh provou em Traffic, Erin Brockovich, e até mesmo no supreendente e divertido 11, 12 e 13 homens e os seus segredos. Che Parte Um que abriu o Cine Ceará deste ano, é uma narrativa estupefaciante, emocional para os olhos e sentimento do que é a Cuba e que já o visitou. Narrando do praticamente "recrutamento" de Ernesto Guevara que encantou-a Fidel Castro com sua vontade de revolução contra os Nortes-americanos à tornar Cuba Libre.

Produzido por ninguém menos que Benício del Toro que como John Goodman nasceu para ser Fred Flintstones, ou Hugh Jackman nasceu para ser Wolverine, Benício nasceu para ser Che, que afincou as mãos nesta produção e não largou mais para viver o Argentino nos cinemas. Minucioasa produção com todos os requintes para entender a Revolução de Cuba, a primeira parte desta agnificente história que focaliza toda a revolução intercalando com cenas de seus discursos na ONU e entrevistas a jornalistas. Não conhecedor da vida de do médico Argentino que deu sangue à Cuba ser o que ainda (aparentemente) é hoje, digo com satisfação que o filme mexe com esta aproximação da liberdade dos cubanos, e se torna arriscado preencher duas horas de uma narrativa profunda e inoxidável de entusiasmo em contar a vida do Ernesto Che Guevara. No elenco, apresenta também Rodrigo Santoro, mais fluente fazendo o irmão de Fidel Castro, mas ainda deixando uma insegurança em suas interpretações, feita com os gringos.

Falta ver a outra parte da história, mas as cenas das guerrilhas são fantásticas, de pura maestria na direção de Soderbergh, bem amarrada, que se você tiver pouco conhecimento sobre Cuba pode achar efadonho, mas cativa nas imagens, e mais uma obra injusta no Oscar. Se este Oscar já tivesse os dez filmes concorrendo, ele estaria lá entre os indicados.

Nota: 8,0