image1 image2 image3

HELLO I'M JOHN DOE|WELCOME TO MY PERSONAL BLOG|I LOVE TO DO CREATIVE THINGS|I'M PROFESSIONAL WEB DEVELOPER

O ÚLTIMO TREM POR IBERTSON MEDEIROS




Diretor: Ryûhei KitamuraElenco: Vinnie Jones, Bradley Cooper, Leslie Bibb, Brooke Shields, Roger Bart, Ted Raimi, Barbara Eve Harris.
Eis aqui mais uma adaptação para o cinema de um trabalho do famoso escritor de horror Clive Barker. Além de criar obras literárias assustadoras, como a série de livros "Books of Blood", Barker também se dedicou ao cinema, onde dirigiu até agora 5 filmes, dentre eles o clássico Hellraiser: Renascido do Inferno, que receberá um remake em 2011. Além disso, foi responsável pela criação da trama e personagens de dois games: Undying (Jogo de tiro para computador) e o recente Jericho, lançado para os videogames de última geração.Depois de muitos problemas envolvidos com o lançamento de The Midnight Meat Train nos cinemas, por causa da distribuidora Lionsgate, que queria limitar o filme a apenas pouquíssimas salas de exibição, o filme tendia a fracassar e a possuir uma qualidade duvidosa. Porém, assistindo-o agora em DVD, o qual teve lançamento brasileiro nesse mês pela Universal, reconheço que é um filme bastante divertido. Dirigido pelo japonês Ryûhei Kitamura, mais um diretor estrangeiro que foi exportado para os Estados Unidos, consegue ser o seu melhor trabalho, já que Azumi é apenas regular e O Portal da Ressurreição (Versus) é uma tosqueira com alguns bons momentos apenas. Baseado em um pequeno conto de Clive Barker contido no primeiro volume de "Livros de Sangue", O Último Trem, título que recebeu aqui no Brasil, é um bom filme de terror, com bastante violência e sangue por todos os lados. O problema é que a maioria dessas cenas é em CGI, o que deixa bem mais artificial em muitos momentos e bem menos chocante, o que não aconteceria se fosse utilizada a boa e velha maquiagem e até uns efeitos de computador discretos. Tirando esses problemas, que não chegam a ser tão exageradamente irritantes, o filme é bem conduzido por Ryûhei, contendo uma boa história e um vilão cruel, interpretado pelo brutamontes Vinnie Jones.
Na trama, o fotógrafo Leon (Bradley Cooper) sonha com o reconhecimento e com um trabalho onde possa mostrar sua paixão pela fotografia, cercado por diversos artistas do ramo. Sua namorada Maya (Leslie Bibb) é uma garçonete apaixonada por Leon, sempre o apoiando e também lutando para encontrar um emprego satisfatório para ele. Com a ajuda do amigo Jurgis (Roger Bart), envolvido com pessoas relacionadas à arte, Leon é apresentado à famosa artista Susan Hoff (Brooke Shields). Ela, ao ver algumas fotografias tiradas por Leon e verificar que o seu propósito era fotografar a cidade, em acontecimentos onde poucas pessoas ousavam registrar em fotografias, pede para ele tirar algumas outras fotos, para convencê-la de que vale a pena contratá-lo. Tentar capturar na câmera algo incomum. Leon então mergulha no pior do ser humano, ao tentar capturar crimes ou imagens repulsivas, em sua câmera, em flagrante. Em suas caminhadas noturnas, acaba chegando ao metrô e conhece o estranho Mahogany (Vinnie Jones), sujeito caladão e mal encarado. Acaba por desconfiar que o grandalhão seja um psicopata, já que frequentemente está estampado nos jornais fotos de pessoas desaparecidas, que estiveram no último trem do dia. Não demora para Mahogany abrir sua maleta e tirar dela ganchos para carne e seu martelo mortífero. Filmes com esse tema e pertencentes ao gênero terror ou suspense geralmente me agradam, como aconteceu com a surpresa End of the Line, dirigido por Maurice Devereaux (Um dos melhores filmes de terror que vi no ano passado, com um roteiro muito bem escrito) ou Plataforma do Medo, dirigido por Christopher Smith, filme que dividiu opiniões, mas que me agradou bastante também. O ambiente escuro, sem ninguém por perto, favorece ao criar um clima de tensão constante. O Último trem, porém, não é bom pelo clima de tensão criado, mas pela própria história doentia e de extrema violência, mesmo que prejudicada pelo sangue computadorizado, como já tinha ressaltado acima.Vinnie Jones está assustador, apesar de não se esforçar, apenas com sua cara de malvado e por seu tamanho intimidador. Seu personagem é um mistério e permanece por toda a duração do longa e também só possui uma fala durante todo o filme. Já Bradley Cooper está apenas correto, enquanto que Leslie Bibb está bem mediana em sua atuação. O roteiro também possui uns furos, não sendo perfeito, mas consegue o seu propósito, apesar de deixar de responder a muitos acontecimentos do filme. Mesmo achando O Último Trem como o melhor trabalho de Kitamura, o diretor precisa utilizar com mais sabedoria os aspectos técnicos, como maquiagem e efeitos especiais. Espero que ele melhore nesse sentido em seus próximos filmes.O Último Trem diverte bastante e é melhor do que muita coisa do gênero que aparece nas locadoras mensalmente. Barker planeja transformar a história em uma trilogia, como declarou recentemente, uma notícia que não me agrada, já que geralmente os envolvidos não se empenham para criar boas continuações em filmes desse gênero, mas vamos esperar. Falando em Barker, no DVD contém extras interessantes, como um especial de 15 minutos contando um pouco sobre o autor, com destaque para sua identificação com a pintura, ramo que começou aos 45 anos de idade e já criou diversos quadros, mostrando que nunca é tarde para se dedicar ao que se gosta. No mais, aguardo ansiosamente pelo novo trabalho na direção de Barker, previsto para esse ano: Tortured Souls: Animae Damnatae.

ESCRITO POR IBERTSON MEDEIROS


Nota: 7.0

Share this:

CONVERSATION

0 comentários: