o Discurso do Rei é um filme feito para Oscar. Muito figurino rebuscado de época, cenários bem elaborados, elenco mais que afiado de forma que a Academia curte. Mas o melhor de tudo é que o filme é ótimo. Com Colin Firth batendo na trave a muito tempo no Oscar pode finalmente ganhar a estatueta interpretando George VI, Rei Britânico, o pai de Elizebeth (esta Elizabeth que tá ai na monarquia ainda) que se apossou do reinado depois de seu irmão, então Rei, ter se casado com uma mulher divorciada. A grande questão desse filme, e seu diferencial é que o Rei é gago. Uma gagueira nervosa que não encontrara tratamento. Daí aparece a personagem da mulher dele, a Helena Bonham Carter (que se não ganhar o Oscar é por que a Academia gosta de fazer burrices mesmo) que por sua conta, encontra o maravilhoso Geoffrey Rush, o Leonel Logue, que é um tipo de Terapeuta de Voz que o ajuda a melhorar sua gagueira. Os conflitos psicológicos, o jogo entre um simples homem que faz bem seu trabalho contra o Rei George VI e seus diálogos primorosos fazem desse filme um dos principais concorrentes de melhor de 2011. O ponto forte do filme é do fotógrafo Danny Cohen e das grandes atuações entre eles três, com um Guy Pearce sempre à vontade em set de filmagem. Mas seu roteiro e direção de arte impecável dão a maestria necessária para que O Discurso do Rei seja o grande favorito ao Oscar, uma premiação a cada ano mais imprevisível.

Nota: 9,5