Que filme retumbante. “Além do meu olho esquerdo só duas coisas não estão paralisadas, Minha imaginação e minha memória”. Com esta frase ele se torna mais do que um filme angustiante e meloso sobre um ser humano que nada move em seu corpo a não ser nas piscadas do olho esquerdo. Com apenas este olho ele escreve o seu livro “O Escafandro e a Borboleta”. Baseado num fato verídico, Jean Dominique Bauby sofre um acidente vascular cerebral e constitui a Síndrome de Locked-in. Com isso, o filme tem-se uma fotografia muitas vezes no ponto de vista do protagonista, e desenvolve uma narrativa deslumbrante sobre um homem que deixa de ter pena dele mesmo e se torna uma notável borboleta naquele Escafandro, preso em seu próprio corpo. Julie Shnabel, artista plástico e indicado ao Oscar com este filme, fez poucos trabalhos, mas todos eles trazendo grande repercussão.
“Antes do Anoitecer” deu a Javier Bardem sua primeira indicação ao Oscar falando de um poeta cubano e boa bagagem até então. O filme é contemplativo, irriga a valorização da vida e nos faz sentir cretinos em momentos em que não agüentamos certas coisas ao nosso redor. O ponto de vista daquele que é um vegetal se torna dinâmico e especial graças a bela fotografia de Janusz Kaminski. Prêmio em Cannes de direção e Globo de Ouro também de direção e produção em língua estrangeira. Não se prenda, não se torne o seu próprio escafandro.
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