Lançado em DVD há algum tempo, Saneamento Básico homenageia aquele que sabe das dificuldades de fazer cinema aqui no país. Com estas políticas públicas é quase impossível trabalhar com o audiovisual aqui no Brasil, mas com este esforço de muitos que ultrapassam barreiras burocráticas do sistema, ou que fazem com seu próprio dinheirinho suado que ganhara em seu trabalho a parte para alimentar seu ócio e sua vontade de fazer desta sétima arte seu passatempo cultural vicioso. Saneamento Básico de Jorge Furtado (O homem que copiava) trata de cidadãos comuns atrás de verba da prefeitura para a construção de uma fossa pro esgoto da cidade. Porém, a prefeitura não tem verba para este fim, e a sub-prefeita da cidade indaga que a única maneira é utilizar o dinheiro destinado a um curta-metragem distribuído pelo governo federal. A maneira encontrada então é de fazer um filme. Inexperientes, a trupe de atores conhecidos na telinha e já na telona como Fernanda Torres, Wagner Moura, Lázaro Ramos, Bruno Garcia, Camila Pitanga, Paulo José e dentre outros, é de forjar as idéias, desenvolver o roteiro, captar imagens, etc. Uma bela metalinguagem que agradará principalmente aos fãs de cinema, que sabem como apreciar um filme sem pisotear aqueles que por anos e anos trabalharam naquele projeto que tem o além de entreter público, divertir platéia, é tocar com sua sensibilidade e confrontar com suas percepções artísticas e culturais. Perigosa profissão que aqui sim, só trabalha quem tem amor ao negócio. O dinheiro, realmente é detalhe no cinema, pelo menos no cinema brasileiro.
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