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ONDE OS IRMÃOS COEN SEMPRE TÊM VEZ!


Sinceramente, gosto muito dos filmes dos Irmãos Coen. Desde da comédia Arizona Nunca Mais (filme que marcou a carreira de Nicolas Cage de 1987) que se
mpre olho para seus projetos com estupefação e garantia de um bom filme.
Com o sarcasmo, Joel Coen e Ethan Coen desenvolvem trabalhos que além de chocar e divertir, nos mostram uma atmosfera muito às vezes assustadora de seus personagens, que quase sempre excêntricos e desajustados, quebrando todos os paradigmas dos arquétipos pré-estabelecidos no cinema, desde de Griffith ou até mesmo do George Lucas com sua mitologia dilacerada e fantástica que é Star Wars.



Filmes como Fargo trazendo Steve Buscemi em sua melhor atuação da carreira – um grande ponto chave dos Brothers é este sentimento perante o artista que está representando, saber trabalhar bem com o personagem-e-ator e dar-lhe liberdade para atuar de maneira até mesmo mediúnica, dirigindo-o com grande ênfase – o Fargo Em uma fria cidade americana, um vendedor endividado contrata dois marginais para seqüestrarem sua esposa, já que pretende receber do sogro o resgate. Filme rendendo sete indicações ao Oscar no ano, e com certeza, um dos maiores filmes cult’s dos ano 90. Matadores de Velhinhas traz o Tom Hanks apático, esta obra não passa de uma comédia sem muitas pretensões dos Coen, mas diverte muito com os trejeitos e mais uma vez com as bizarrices dos personagens. O Grande Lebowsky (fenomenal) o sujeito chamado Lebowsky é confundido com um outro Lebowsky que deve dinheiro a uns agiotas de plantão, “Dude” como Lebowsky se auto-identifica teve seu carpete estragado pelos “caras” que cobravam-no da grana equivocadamente e aproveita do outro Lebowsky que se aproveita do “Dude” para fazer traquinagens para ele, daí, começa a bagunça. Comédia que trouxe a os Irmãos mais credibilidade e perceptividade para seus projetos. E aí meu irmão, cadê você? Simplesmente demais, com George Clooney, John Torturro (meu favorito) e Tim Blake Nelson. Talvez um dos melhores filmes de Ethan e Joel junto com Grande Lebowsky e Fargo. Três bandidos e sua fuga alucinada até o sucesso de uma música cantada numa estação de rádio perdida no meio do “nada” em regiões Texanas. O sucesso do trio com a música negra não é tão maior como foi o sucesso do filme, dando mais libertinagem ainda para os Coen.




Onde os Fracos não Têm Vez, destrambelha todo o humor negro esplendoroso e traz uma orgia de violência que se tornou trivial entre as pessoas que vêem isso na tv ou até mesmo ao vivo e
acha isso normal. Como dizia Renato Russo: “A violência é tão fascinante (...)” e disso deparamos com uma violência gratuita sem saber de onde vêm e sem saber como começou ou como vai terminar. Onde os fracos não têm vez fala sobre isso, sobre este desespero da sociedade, do comportamento da humanização de hoje, sem perceber que tudo ao redor está sendo destruído por pouco. Os mais velhos sentem este baque e se chocam com toda carnificina que o mundo acostumou a enxergar. O maior propósito deste filme que rendeu seus quatro oscars (Filme, direção para os Coen, Roteiro Adaptado e ator coadjuvante para Javier Bardem – falo já dele) é a questão dessa violência desnorteada e avassaladora.. Interpretações geniais de Tommy Lee Jones e Josh Brolin que permeiam veracidade na adaptação dos Coen Brothers. Lee, com seu convencimento, dando poder ao título em inglês (No coutry for Old Men – Este país não é para velhos) que ele, por sua vê, absolve todo o conteúdo de violência do mundo, admitindo não entender esta loucura generalizada, e não desistir de sua caçada pessoal, até encontra um lugar onde ele possa viver o resto de sua vida. Talvez ele não seja fraco, mas para esta sociedade violenta e inescrupulosa não há lugar para este xerife velho. Javier Bardem, porém, mostra equilíbrio, neutralidade, aparentemente ele não transmite emoção alguma, atuação impecável deste espanhol eu a cada trabalho, uma surpresa artística. Seu personagem, frio calculista e de poucos (aliás, nenhum) amigos destrói tudo em seu caminho, deixando sangue e medo, atrás de uma maleta de dinheiro pego por Josh Brolin, começa uma luta armada assustadora. Baseada na obra de Cormac McCarthy, que já ganhou um Pulitzer.
Apesar de tudo, depois desse filme dos irmãos mais criativos de Hollywood, nenhum ser será herói por completo.



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