O terror no cinema esteve muito estigmatizado nos últimos anos. Apareceram muitos cineastas que marcaram uma formalidade do gênero, calçando o espírito de Hitchcock por exemplo: Brian de Palma com suas metalinguagens, Kubrick com sua paixão pelo trabalho e criando obras fantásticas e tenebrosas, Martin Scorsece fazendo um tipo cinema marginal de Rogério Sgarzela com táxi driver por exemplo. Mas ninguém teve tanto êxito no suspense como M. Night Shayamalan, com sua primeira obra em hollywood, o sexto Sentido, provou que poderia agarrar a perfeição técnica do Alfred hitchcock e nocauteou o cinema com um fôlego novo e maravilhoso dos sustos que como ele mesmo diz: “O medo nos revela nosso interior e faz com que nós nos conhecemos melhor”. Após este filmaço com seis indicações ao Oscar, corpo Fechado traz uma das melhores histórias de super-herói que o cinema já viu e Bruce Willis retorna as telas com um carisma que tinha perdido desde Duro de Matar 2. “Sinais” choca com a questão religiosa e científica de modo bem, mais bem leve, quando um padre (Mel Gibson) tem que enfrentar uma invasão alienígena hostil e pesar seus ideais religiosos depois da morte de sua mulher. A vila com uma atmosfera genial impede que uma sociedade não saia de seu vilarejo com medo de monstros que ficam na floresta. E até então, seu penúltimo filme “A dama na Água”. O mais odiado pela crítica foi inspirado em historinhas de ninar que ele contava para os seus filhos antes de dormir. Já lançado nos cinemas (não em juazeiro pra variar), Fim dos Tempos (que não chega a ser o trabalho mais expressivo de M. Night) faz uma símile com o “Ensaios sobre a cegueira”, mas no estilo Shayamalan que questiona o desequilíbrio ambiental, os problemas da sociedade com o terror que acontece ao nosso redor e alimenta o melhor momento sobre este tema no cinema, assustando, fazendo refletir e provocando em gestos mais bruscos, colocando uma censura mais elevada para poder nos golpear com mais capricho. Shyamalan nunca ficou tão despreocupado com críticas, queria fazer um filme, pensando em sua mensagem. Mas mesmo assim, a crítica derrubou este filme, que merece atenção de uma certa forma, e prova que M. Night só quer fazer filmes, contados de sua maneira e dando credibilidade a seu estilo. Ou você ama, ou você odeia.
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