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ONDE VIVEM OS MONSTROS

Quando li uma pequena tirinha em uma revista que nem é especializada em cinema descobri “onde viviam os monstros”, e não fiquei assustado, queria conhecê-los mais, e mais. Descobri que sua autora era Maurice Sendak, a mesma da ótima série animada que passa na Tv Cultura aqui no Brasil, “Os Sete Monstrinhos”. Então peguei o livro e li, várias vezes, até porque ela tinha apenas umas 9 orações, com pouco menos de 26 frases, Onde vivem os Monstros já posso chamar de genial pelo aspecto de transfusão para o cinema. 


Spike Jonze (o louco por trás de Adaptação, Quero Ser John Malkovich) realiza um filme sensível, mesclando com o paradoxo com doses de insensibilidade ao transformar o pequeno Max numa jornada de aprendizado, amadurecimento precoce que muitos acharam “infilmável”.
Gostar de Spike é sempre uma delicia de dizer nos finais de seu filme, criando aquela sensação de estranheza, mas me amadurece também, como um humilde amante do cinema.




Com um enredo simples, didático e super redondinho para um entendimento claro, “Onde Vivem os Monstros” trata de uma criança de 9 anos que após fazer traquinagem (é o novo esta palavra hein, gente) ele é levado de castigo pela mãe e com a proibição de jantar. Ele então corre até uma mata (uma floresta, fica mais bonito assim) encontrando um barco que o levará até o mundo de Monstros incríveis. Carol (o egoísta), Alexander (o carente e sensível), Judith (ativa), Ira (o dócil e criativo), Douglas (o aplicado e amigo) e KW (o sentimento materno). Todos eles têm uma peculiaridade com Max, nos sentimentos atribuídos e bem explícitos que não só seus dubladores talentosos e conhecidos com James Gandolfini (o senhor Soprano), Forest Whitaker, Paul Dano, Catherine O’Hara entre outros, mas também pelos intérpretes dos monstros e suas fisionomias que são as únicas coisas manipuladas por computador.
O mais impressionante no meu ponto de vista é a criatividade do Spike Jonze e do romancista Dave Eggers em escrever um roteiro em que teria que preencher as lacunas para que um livrinho infantil se tornasse um longa-metragem para adultos se comoverem. São geniais estas transfusões, é peculiar a Jonze que mais uma vez mostra que ser estranho não quer dizer que deve de ser feio ou esquisito ao ponto de ser desgostoso em sua arte desenvolvida.


Karen O., ex-namorada do cineasta e vocalista do Yeah Yeah Yeahs, faz a trilha sonora propícia para deixar o filme mais apoteótico e algumas vezes sinistra. Não posso deixar de fora a fotografia de cores neutralizantes ao espaço e aspecto geral, dando uniformidade às coisas, e criando este mundo paralelo com o real e ao mesmo tempo, aproximando esta idéia de que tudo pode ser perfeitamente amadurecido com amor e ternura, mesmo que seus instintos possam fluir mais altos ao ponto de querer devorar quem você ama. 

Nota: 9,0

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