A nova franquia de Ron Howard não impressiona muito. Sim, é melhor que O Código da Vinci, mas mesmo assim o absurdo deixa indigesto para os mais puristas e crentes de plantão. Robert Langdom é chamado por ser um estudioso da simbologia e pela polêmica causada dentro do vaticano pelo seu livro (o livro dentro do livro pode-se dizer assim), seu conhecimento já visto na primeira obra de Brown nos cinemas. A Iluminatti ressurge com o intuito de destruir tudo (mas tudo mesmo) através de um experimento científico e bem sucedido pelos cientistas (que já começa com um assassinato de um deles . A partir daí a diversão é garantida, a proibição do vaticano em filmar na Praça de São Pedro teve de ser toda recriada em estúdio. Mesmo assim as filmagens lá no estúdio não deixou Howard de orelha em pé por fazer seqüências tão ágeis. Tom Hanks como sempre é o cara que sustenta toda a obra nas costas, mas enfraquecido com um roteiro de pouca índole para ele que não o faz se tornar um estereótipo Alá Nicolas Cage em A Lenda do Tesouro perdido por exemplo. O efeito Dominó é cada vez mais claro, com a aparição de Ewan Mcgregor que substitui o Papa depois de sua morte até a escolha do novo substituto, vemos um ar amanhado com um estilo Seven e tornando imprevisível graças aos filmes de M. Night Shayamalan onde um ator de grande importância não está lá só para compor é só lembrar-se do inigualável Corpo Fechado e a significância de Samuel L. Jackson como o grande algoz de uma das melhores obras de super-heróis que já vi no cinema e reparar que Ewan é mais do que um milagroso que esconde muitas coisas durante as mais de duas horas de filme. Valeu a pena pela diversão, ameniza com a igreja católica e talvez pode confortá-lo mais perante o ceticismo do professor de simbologia diante de sua própria fé.

Nota 6,5