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CINETÉRIO ESTÁ DE VOLTA...


O CINETÉRIO, reestréia na quarta-feira dia 01 de abril na Praça Cristo Reis às 22hs 00min com o filme “Um Cão Andaluz” de Luis Buñuel e Salvador Dalí. Com um ideal diferente do que o Cinetério apresentou no ano passado, este abrangerá não somente filmes de terror, mas todos os gêneros possíveis que possamos encontrar no cinema.
Na quarta-feira também terá um recital poético com o poeta “maldito” do Cariri Wilson Bernardo e um grupo musical ainda a ser definido para a grande abertura das Sessões “grindhouse” do Crato, sendo muito mais leve os filmes que se passam nas noites da praça Cristo Reis.
Outra novidade do CINETÉRIO será da exibição ir para outras praças. Por meio parecido com os intinerantes, os filmes passarão pela Siqueira Campos, Alexandre Arraes, e outras localizadas no bairro do Seminário e independência por exemplo.
A primeira exibição do CINETÉRIO no ano será nada mais nada menos que um dos curtas-metragens mais famosos do mundo, “Um Cão Andaluz” de Luis Buñuel que estreou como diretor nesta obra surrealista co-dirigida pelo o mais famoso dos surrealistas, Salvador Dalí.
Com uma aspiração de manifestar uma concepção do surrealismo e difícil de digerir (no quesito de entendimento do filme) da primeira vez, a obra é voltada pelo sentido onírico, metafórico e/ou da psicologia. A sua estrutura técnica é simples, onde o próprio narrador é as imagens, ela é toda a cena, suprindo a necessidade de um som, de um diálogo e de algum texto. Por ser tão subjetiva e bruta esta seqüência de cenas, se torna quase que uma terapia dos autores. Ou seja, é muito pessoal o processo todo. Sem que tenha qualquer preocupação da narrativa, não podemos avaliar a obra de acordo com os padrões estabelecidos, mas chama muita atenção pela concepção artística, por transcrever estes absurdos propostos nas situações, e acima de tudo por ser uma introdução inclemente ao universo surrealista no cinema.
Bom, agora dizer ao certo por que o filme se chama “Um Cão Andaluz” é difícil interpretar, mas alguns estudiosos dizem o seguinte: “Acreditam que a mocinha fita uma mariposa na parede. O inseto – Buñuel os estudou antes de enveredar pelas artes – é um espécime da supersticiosamente temida traça da morte. Reparem no momento em que a câmera foca as costas do bicho. Olhem para a figura que se forma. Não parece um cão? Talvez até mesmo um da raça podenco andaluz?”.

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